A festa conhecida como 'Bembé do Mercado' completa 121 anos e traz uma movimentada e rica programação cultural, de 12 a 16 de maio, na cidade mais famosa do recôncavo baiano, Santo Amaro. Turistas e moradores se misturam nesta grande manifestação popular, que celebra a abolição da escravatura com muita dança, música, culinária, exposições e debates. A grande homenageada do ano é Mãe Lídia - filha de Oxalufan, uma das maiores incentivadores do evento.
Além do Bembé, com a participação de mais de 40 terreiros, acontecem, no Mercado de Santo Amaro, várias apresentações como o Maculelê, a Capoeira e Sambas de Roda. Além das manifestações tradicionais, a festa oferece aos visitantes barracas de comidas típicas do recôncavo com maniçoba, feijoada, sarapatel e maturi.
O evento este ano também vai contemplar as artes visuais com o fotógrafo Edgar de Souza que vai expor imagens da festa, que encantaram públicos fora do Brasil, em lugares como Paris e Angola. Já no Teatro Dona Canô, haverá mesas redondas, para debater temas diversos, além de uma abordagem sobre os 100 anos de morte de Joaquim Nabuco.
Festejar o 13 de maio em Santo Amaro significa muito mais que celebrar deuses, santos, orixás e personalidades históricas e importantes, é a oportunidade do negro do século XXI ser cada vez mais consciente dos seus direitos e do seu papel em promover mudanças positivas na nossa sociedade ainda tão cheia de preconceitos”, resume Luzia Moraes, pesquisadora que lançou o livro 'Bembé do Mercado - 13 de maio em Santo Amaro'.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Festa de Nossa Senhora da Boa Morte sua origem
História
A história da confraria religiosa da Boa Morte se confunde com a maciça importação de escravos da costa da África para o Recôncavo canavieiro da Bahia, em particular para a cidade de Cachoeira, a segunda em importância econômica na Capitania da Bahia durante três séculos.
O fato de ser constituída apenas por mulheres negras, numa sociedade patriarcal e marcada por forte contraste racial e étnico, emprestou a esta manifestação afro-católica, como querem alguns autores, notável fama, seja pelo que expressa do catolicismo barroco brasileiro, de indeclinável presença processional nas ruas, seja por certa tendência para a incorporação aos festejos propriamente religiosos de rituais profanos pontuados de muito samba e comida. Há que acrescentar ao gênero e raça dos seus membros a condição de ex-escravos ou descendentes deles, importante característica social sem a qual seria difícil entender tantos aspectos ligados aos compromissos religiosos da confraria, onde ressalta a enorme habilidade dos antigos escravos para cultuar a religião dos dominantes sem abrir mão de suas crenças ancestrais, como também aqueles aspectos ligados à defesa, representação social e mesmo política dos interesses dos adeptos.
Origem remota e uma luta antiga
No Brasil Colônia e depois, já com o país independente mas ainda escravocrata, proliferaram irmandades. Para cada categoria ocupacional, raça, nação - sim, porque os escravos africanos e seus descendentes procediam de diferentes locais com diferentes culturas - havia uma. Dos ricos, dos pobres, dos músicos, dos pretos, dos brancos, etc. Quase nenhuma de mulheres, e elas, nas irmandades dos homens, entraram sempre como dependentes para assegurarem benefícios corporativos advindos com a morte do esposo. Para que uma irmandade funcionasse, diz o historiador João José Reis, precisava encontrar uma igreja que a acolhesse e ter aprovados os seus estatutos por uma autoridade eclesiástica.Muitas conseguiram construir a sua própria Igreja como a do Rosário da Barroquinha, com a qual a Boa Morte manteve estreito contato. O que ficou conhecido como devoção do povo de candomblé. O historiador cachoeirano Luiz Cláudio Dias Nascimento afirma que os atos litúrgicos originais da Irmandade de cor da Boa Morte eram realizados na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, templo tradicionalmente freqüentado pelas elites locais. Posteriormente as irmãs transferiram-se para a Igreja de Santa Bárbara, da Santa Casa da Misericórdia, onde existem imagens de Nossa Senhora da Glória e da Boa Morte. Desta, mudaram-se para a bela Igreja do Amparo desgraçadamente demolida em 1946 e onde hoje encontram-se moradias de classe média de gosto duvidoso. Daí saíram para a Igreja Matriz, sede da freguesia, indo depois para a Igreja da Ajuda.
O fato é que não se sabe ao certo precisar a data exata de sua origem. Odorico Tavares arrisca uma opinião: a devoção teria começado mesmo em 1820, na Igreja da Barroquinha, tendo sido os Jejes, deslocando-se até Cachoeira, os responsáveis pela sua organização. Outros ressaltam a mesma época, divergindo quanto à nação das pioneiras, que seriam alforriadas Ketu. Parece que o “corpus” da irmandade continha variada procedência étnica já que fala-se em mais de uma centena de adeptas nos seus primeiros anos de vida.
Historicamente essa data parece fazer sentido. Desde o início do século passado o Recôncavo viveu uma atmosfera de progresso e novas técnicas agrícolas e industriais ali são introduzidas. Em que se pese as dificuldades momentâneas da economia açucareira, o fumo ganhou novo alento quando começa a interessar, após a independência política do país, ao capital alemão. A inauguração do serviço de navegação a motor favorece esses bafejos de renovação econômica, estimulando a integração do Recôncavo com a Capital da Província e o aumento dos seus negócios, o que favorece a construção de sólidos laços entre os negros escravos de muitas cidades, sobretudo de Salvador e Cachoeira. Jeferson Bacelar chama a atenção para o fato de que a década de 1820, sobretudo os seus três primeiros anos, é marcada por acentuado processo de agitação e acirramento dos ânimos da população baiana, boa parte da qual, sem distinção social, encontra-se envolvida na luta pela Independência, aqui caracterizada por forte espírito antilusitano e refregas armadas. O clima de distensão entre senhores e escravos, suscitado por essa “unidade” momentânea, contribuiu para permanentes deslocamentos dos negros pelas cidades do Recôncavo, onde os senhores manifestaram incomum atenção na resolução do conflito e, para defenderem seus interesses, armaram os escravos e os utilizaram contra os portugueses. Dessa excepcional conjuntura resultaram inúmeras iniciativas religiosas e civis dos escravos, entre as quais, quem sabe, a própria Irmandade da Boa Morte.
O pesquisador Antônio Moraes Ribeiro associa seu surgimento às senzalas, apostando na conjuntura abolicionista pós-Revolta dos negros islamizados na Bahia que se deu em 1835 e foi barbaramente esmagada. Quem sabe daí o toque claramente muçulmano na morfologia tradicional dos trajes de grande força e rara beleza, realçados pelo uso do turbante, como assinala Raul Lody. Antônio Moraes Ribeiro acredita que uma das presumíveis líderes da Revolta Islâmica, Luiza Mahin, em pessoa, esteve envolvida na constituição da Irmandade, após a sua fuga de Salvador para o Recôncavo.
Conjecturas à parte, estas confrarias - religiosas ou não - como foi o caso da estudada pelo antropólogo Júlio Braga - a Sociedade Protetora dos Desvalidos - faziam mais do que cultuar santos católicos e orixás patronos dos seus afiliados. Ao tempo que aparentemente atendiam exigências eclesiásticas e legais, constituíam-se em verdadeiras associações de classe, reservadas, e por trás de suas aparências de fachadas davam curso aos interesses secretos dos seus membros. Respeitadas instituições de solidariedade eram a um só tempo expressão viva da permuta interétnica e ambíguo instrumento de controle social cujos participantes “administravam” criativamente. A confraria sempre obrigou aos seus membros a colaborarem. Jóias de entrada, anuidades, esmolas coletadas e outras formas de renda sempre foram usadas para os mais diversos fins: compra de alforria, realização de festejos, obrigações religiosas, pagamento de missas, caridade, vestuário. No caso da Boa Morte, integrada por mulheres bastante simples e quase todas idosas - entre 50 e 70 anos - os recursos arrecadados em vida buscaram sempre, a concessão de um funeral decente, cujo preparo, face a dupla militância religiosa de suas adeptas, exige rigor e entendimento, além de um certo pecúlio fúnebre.
As obrigações corporativas e a manifestação de Agosto
A historiografia dessas notáveis mulheres cachoeiranas continua a desafiar a inteligência de jovens pesquisadores. Seus rituais secretos ligados ao culto dos orixás também estão a requerer leitura etnográfica que respeite, naturalmente, os limites à manutenção dos segredos, tão importantes na manutenção dessa vertente religiosa. O que tem ressaltado é o aspecto externo do culto referido quase todo ao simbolismo católico e a sua apropriação afro-brasileira. Durante o começo do mês de agosto, uma longa programação pública atrai a Cachoeira gente de todos os lugares, no que Moraes Ribeiro considera o mais representativo documento vivo da religiosidade brasileira, barroca, íbero-africana. Ceias, cortejos, missas, procissões, samba-de-roda colocam cerca de 30 remanescentes da Irmandade, que já possuiu mais de 200, no centro dos acontecimentos da provinciana cidade e, ultimamente, nos principais órgãos noticiosos da capital e tele-jornais. A festa propriamente dita tem um calendário que inclui a confissão dos membros na Igreja Matriz, um cortejo representando o falecimento de Nossa Senhora, uma sentinela, seguida de ceia branca, composta de pão, vinhos e frutos do mar obedecendo a costumes religiosos que interditam o acesso a dendê e carne na sexta-feira dia dedicado a Oxalá, criador do Universo, e procissão do enterro de Nossa Senhora da Boa Morte, onde as irmãs usam trajes de gala. A celebração da assunção de Nossa Senhora da Glória, seguida de procissão, em missa realizada na Matriz dá curso à contagiante alegria dos cachoeiranos que irrompe em plenitude, nas cores, comida e bastante música e dança que se prologam por diversos dias, a depender dos donativos arrecadados e das condições de pecúlio do ano.
Hierarquia e Culto
Como todas as confrarias religiosas baianas, a Irmandade da Boa Morte possui uma estrutura hierárquica interna para gerir a devoção diária e doméstica de seus membros. A direção é composta por quatro irmãs responsáveis pela organização da festa pública de agosto e substituídas anualmente. No topo da administração da vida da Irmandade da Boa Morte está a Juíza Perpétua, posição de maior destaque e atingida por status adquirido, ocupada pela mais idosa adepta. A seguir, situam-se os cargos de Procuradora-Geral, Provedora, Tesoureira e Escrivã, estando a Procuradora à frente das atividades executivas religiosas e profanas. Para serem aceitas as noviças, além de estarem vinculadas a alguma casa de candomblé - geralmente Gêge, Ketu ou Nagô-Batá, na região - e professarem o sincretismo religioso, deverão se submeter a uma iniciação que impõe um estágio preparatório de três anos, conhecido pelo nome de “irmã da bolsa”, aonde é testada a sua vocação.Uma vez aceita, poderá compor algum cargo de diretoria e a cada três anos ascender na hierarquia da Irmandade. Não é demais lembrar que todas dividem irmanamente as atividades da cozinha, coleta de fundos, organização das ceias cerimoniais, das procissões do cortejo, além dos funerais das adeptas seguindo os preceitos religiosos e uma determinação estatutária tácita. As eleições são realizadas anualmente procedendo-se a apuração dos votos pelo curioso sistema de contagem de grãos de milho e feijão, indicando o primeiro atitude de rejeição e o segundo aceitação. Em que pese as diferenças hierárquicas e os preceitos relativos a cada posição, todas as irmãs estão niveladas como empregadas de Nossa Senhora. Além de irmãs de devoção, são algumas vezes, irmãs de santo e quase sempre “parentes” - os africanos e seus descendentes no Brasil alargaram o conceito de parentela estendendo o vínculo a todos aqueles que são filhos de uma mesma nação. É notável como a ancestralidade africana se reelabora no interior das instituições religiosas baianas e como as irmandades leigas acabam prestando renovado serviço a esse processo de intercurso cultural. É admirável que, a propósito de celebrarem a morte, essas mulheres negras cachoeiranas tenham sobrevivido com tanta majestade e garbo. O mais incrível é que o sistema de crenças tenha absorvido com tamanha funcionalidade e criatividade os valores da cultura dominante, realizando, em nome da vida, complexos processos de apropriação como o evidenciado na descida da própria Nossa Senhora à Irmandade, a cada ciclo de sete anos, para dirigir em pessoa os festejos, investida da figura de Procuradora-Geral, elebrando entre os vivos a relatividade da morte. Tais elementos podem ser constatados tanto na simbologia do vestuário, quanto nas comidas de preceito que evidenciam recorrentes ligações entre este (Aiyê) e o outro mundo (Orun), para utilizar aqui duas expressões já incorporadas à linguagem popular da Bahia. Assim como as confrarias, a devoção a Boa Morte foi muito comum na Bahia Colonial e Imperial. Sempre foi uma devoção popular. Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário na Barroquinha ela ganhou expressão e consistência.
Aliás, ali era um espaço de notável presença gêge-nagô e as características dos festejos descritos por cronistas como Silva Campos atestam sua semelhança com os praticados ainda hoje em Cachoeira. Deve-se dizer que ali teve origem uma das mais respeitáveis casas de candomblé da Bahia; fundada no século XVIII, a Casa Branca do Engenho Velho da Federação que vem sendo estudada com muito brilhantismo por Renato da Silveira. Devoção popular e mais que isso, racial, na medida em que agregou principalmente negros e mestiços. Suas origens remontam ao Oriente tendo sido adotada por Roma no século VII. Já dois séculos depois a festa da Assunção de Nossa Senhora está disseminada por todo o mundo católico. Trazida de Portugal para o Brasil - onde era conhecida como Nossa senhora de Agosto - ganhou interpretação peculiar, características próprias e por causa disso, a devoção sempre criou atritos com as autoridades da Igreja.
Sua difusão entre a comunidade baiana, entre outras coisas, deveu-se ao fato de que a mediunidade popular característica dos cultos africanos sempre relativizou o problema da morte, na medida em que os adeptos do candomblé acreditam em reencarnações sucessivas. Emprestou, portanto, ao culto originalmente católico elementos do seu sistema de crenças e componentes sócio-históricos da dura realidade escravista que fez do cativeiro sofrível martírio para os que vieram na diáspora. De sorte que a devoção a Nossa Senhora da Boa Morte passou a ter também um significado social, permitindo a agregação dos escravos, facultando a manutenção de sua religiosidade num ambiente hostil e delimitando um instrumento corporativo de defesa e de valorização do indivíduo, tornando-se, por todas essas razões, um inigualável meio de celebração da vida. Gustavo Falcon (Professor da UFBA e pesquisador do Centro de Estudos Afro-Orientais)
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
O RECONCAVO
O Recôncavo baiano, é a area localizada em torno da Baía de Todos os Santos, tendo no seu limite norte a cidade de Salvador, capital do estado da Bahia.
As outras cidades mais importantes são: Candeias, São Francisco do Conde, município onde se localizaa Refinaria de Petróleo Landulfo Alves, Madre de Deus, onde se localiza o Terminal Marítmo da Petrobras, Santo Amaro, às margens do Rio Subaé, Cachoeira, Pedra do Cavalo e São Félix, às margens do Rio Paraguaçu.
A região é muito rica em petróleo e na agricultura da cana-de-açucar.
As outras cidades mais importantes são: Candeias, São Francisco do Conde, município onde se localizaa Refinaria de Petróleo Landulfo Alves, Madre de Deus, onde se localiza o Terminal Marítmo da Petrobras, Santo Amaro, às margens do Rio Subaé, Cachoeira, Pedra do Cavalo e São Félix, às margens do Rio Paraguaçu.
A região é muito rica em petróleo e na agricultura da cana-de-açucar.
Em Santo Amaro da Purificação, berço de Caetano Veloso e Maria Bethânia, o destaque fica por conta da festa de Nossa Senhora da Purificação, que acontece há mais de 200 anos. Construída no início do século 18, a Igreja Matriz de Santo Amaro foi totalmente restaurada. Entre outras opções turísticas, está uma visita ao Museu do Recolhimento dos Humildes. Também nos arredores desta simpática cidade, existem cachoeiras aprazíveis, como as cascatas de Zé Regadas, de Nanã, Vitória e Urubu. Santo Amaro fica próxima às praias do Recôncavo. A de Itapema fica ainda no município; a de Bom Jesus dos Pobres e Cabuçu pertencem a Saubara, a 24 km de Santo Amaro e a aproximadamente 100 km de Salvador. Na praia de Cabuçu, que fica a 28 km de Santo Amaro, as águas mansas e mornas atraem turistas o ano inteiro.
Fabrica de papéis e papelões (Penha):
Localizadano reconcavo baiano em Santo Amaro,vimos como é feito o papel e o papelão,mais primeiramente eles são reciclados de vários locais e mandados para a fabrica,lá eles passam por máquinas e no final saem novinhos.
Igreja da nossa ssssenhora da purificação
Quando chegamos na igreja vimos os desenhos feitos na parede e no teto,esse estilo é chamados de barroco,vimos também o local onde eram enterradosas pessoas,era uma política,os mais ricos e poderosos ficavam mais perto do trono da igreja.
Convento dos humildes
Uma casinha pequena onde funciona um convento que antigamente era uma igreja,uma senhora explicou a história daquela velha casa,um homem queria fazer aquilo uma igreja mais por vários motivos não conseguiu e então foi feito um convento que lá estão guardados várias esculturas e desenhos de estatuas de Jesus menino.
CACHOEIRA
Cachoeira faz jus à condição de cidade baiana: é uma festa. Entre as comemorações destacam-se a Semana Santa, quando as procissões atraem muitas pessoas que acompanham, pelas principais ruas da cidade, os andores com imagens sacras muito valiosas. As imagens ficam guardadas no Museu da Ordem Terceira do Carmo, que faz parte de um conjunto arquitetônico de grande valor artístico e histórico do século 18: O Convento e Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Em 1981, o conjunto sofreu uma grande reforma, que o adaptou para pousada e centro de convenções.
Em maio, acontece a festa do Divino e, em junho, sai às ruas a procissão de Corpus Christi. No mesmo mês, a alegria do forró toma conta da cidade, com um dos mais autênticos São João do interior. Durante a festa junina, a Feira do Porto dá um novo colorido à beira do rio Paraguaçu.
A culinária do Recôncavo é peculiar, baseada em pratos africanos, principalmente a moqueca, onde predominam o azeite de dendê e o camarão seco. Da influência indígena destaca-se a maniçoba, um prato típico feito com folhas de mandioca e diversas carnes. Os licores também são muito apreciados e na sede existem cerca de 25 fabricos de licor.
No dia 25 de junho é comemorada a data cívica da cidade, com homenagens aos heróis da Independência e, em agosto, a cidade recebe um grande número de turistas, atraídos pela festa de Nossa Senhora da Boa Morte, um documento vivo da cultura africana no Brasil. A festa de Nossa Senhora da Boa Morte é um exemplo da força e influência marcante da religião africana, miscigenada às tradições católicas. Os festejos acontecem sempre durante a primeira quinzena de agosto e atraem pelo mistério, transmitido de várias formas, tanto através da indumentária especial utilizada pelas "irmãs", como também pelos rituais secretos que são realizados com muita devoção. Em novembro, as homenagens são para Nossa Senhora da Ajuda, que também atrai muita gente.
Cachoeira também é terra de artistas, com destaque para a escultura em madeira. Os atuais representantes deste tipo de arte são Louco Filho, Dory, Doidão e Fory. Também é obrigatória uma visita ao Museu Hansen Bahia. Lá estão quase 13 mil peças, entre cópias assinadas e não assinadas do gravador alemão Karl Heinz Hansen, que adotou a Bahia como sobrenome. Além do museu, Hansen deixou uma Fundação, que funciona na sua Fazenda Santa Bárbara, em São Félix, e tanto o Museu como a sede da Fundação estão em fase de reestruturação, incluindo a restauração de parte do acervo.
Em maio, acontece a festa do Divino e, em junho, sai às ruas a procissão de Corpus Christi. No mesmo mês, a alegria do forró toma conta da cidade, com um dos mais autênticos São João do interior. Durante a festa junina, a Feira do Porto dá um novo colorido à beira do rio Paraguaçu.
A culinária do Recôncavo é peculiar, baseada em pratos africanos, principalmente a moqueca, onde predominam o azeite de dendê e o camarão seco. Da influência indígena destaca-se a maniçoba, um prato típico feito com folhas de mandioca e diversas carnes. Os licores também são muito apreciados e na sede existem cerca de 25 fabricos de licor.
No dia 25 de junho é comemorada a data cívica da cidade, com homenagens aos heróis da Independência e, em agosto, a cidade recebe um grande número de turistas, atraídos pela festa de Nossa Senhora da Boa Morte, um documento vivo da cultura africana no Brasil. A festa de Nossa Senhora da Boa Morte é um exemplo da força e influência marcante da religião africana, miscigenada às tradições católicas. Os festejos acontecem sempre durante a primeira quinzena de agosto e atraem pelo mistério, transmitido de várias formas, tanto através da indumentária especial utilizada pelas "irmãs", como também pelos rituais secretos que são realizados com muita devoção. Em novembro, as homenagens são para Nossa Senhora da Ajuda, que também atrai muita gente.
Cachoeira também é terra de artistas, com destaque para a escultura em madeira. Os atuais representantes deste tipo de arte são Louco Filho, Dory, Doidão e Fory. Também é obrigatória uma visita ao Museu Hansen Bahia. Lá estão quase 13 mil peças, entre cópias assinadas e não assinadas do gravador alemão Karl Heinz Hansen, que adotou a Bahia como sobrenome. Além do museu, Hansen deixou uma Fundação, que funciona na sua Fazenda Santa Bárbara, em São Félix, e tanto o Museu como a sede da Fundação estão em fase de reestruturação, incluindo a restauração de parte do acervo.
Locais onde passamos
Lá vimos como eram as casas de antigamente,o local onde os escravos ficavam presos em uma situação deprimente e deesumana,almoçamos num local bonito,passamos pela ponte que interliga Cachoeira e São Féliz e a história dela é que quando não existia ela eles usavam cavalos para transportar mercadorias que andavam por cima de pedras.
SÃO FÉLIZ
Ir a São Félix é um roteiro fácil e convidativo. Basta atravessar a Ponte D. Pedro II, que liga o Cais da Manga (Cachoeira) à cidade vizinha, sobre o rio Paraguaçu. A ponte ferroviária mede 365 metros de comprimento, com 9 m de largura, e foi inaugurada em 1885, no reinado de D. Pedro II. Em São Félix estão o Espaço Cultural Dannemann e a Casa de Cultura Américo Simas, que funcionam em prédios da antiga fábrica e armazém de charutos Dannemann. Merecem uma visita.
Fabrica de charutos
Vimos como é feito o charuto artesanalmente,essa fabrica tem também como objetivo a preservação,pois adotaram um projeto que permite a adoçam de uma planta e todo mês a pessoa que adotou recebe uma cata com fotos ecomentários de como está sua planta,o charuto tem o preço de em média de 50 à 300 reais.
CURIOSIDADES
No meio da viagem toda encontramos diversos tipos de mata nativa:
MÁRCIO MASATOSHI KONDOespecial para a Folha de S.PauloOs baixos níveis de água dos reservatórios de abastecimento urbano, das usinas hidrelétricas e de rios como o São Francisco nos levam a clamar por chuvas.No mês que precede o início do período de chuvas, perguntamo-nos: Cadê a luz? Cadê a água? Será que o clima está mudando?Nos últimos anos, as estiagens do inverno têm estado mais pronunciadas e as massas de ar úmidas, provenientes do Sul e do litoral, têm evitado o interior do país. Mas, se levarmos em conta que o clima tropical se caracteriza pela ocorrência de invernos secos, a atual situação não deverá ser tida como anormal.O ar, os rios e os reservatórios mais secos resultam do contínuo processo de destruição da mata nativa tupiniquim. A vegetação, que conserva o solo e o ar mais úmidos, a mata ciliar, que deixa os níveis dos rios, lagos e represas mais elevados, e a floresta, que permite a existência de mananciais e dos pequenos cursos de água que serão os afluentes dos grandes rios, foram gradativamente desaparecendo para dar espaço às cidades, às lavouras e às pastagens.As atividades humanas provocam profundo impacto na natureza e muito desse impacto é inevitável. O erro não é a atividade humana. O erro é a ação predatória. Herdamos e conservamos do século 16 a agricultura extensiva, que aumenta sua produção por meio da ampliação das áreas cultivadas e não da produtividade, criamos gado em pastagens desprovidas de árvores (fontes de sombra e água para os rebanhos), impermeabilizamos os solos e construímos sobre eles à custa da destruição do verde.Por isso a atual crise energética também tem raízes na questão ambiental: as fontes de energia existentes (hidrelétricas) e as propostas (termelétricas e termonucleares) usam bastante água e a sua disponibilidade e a sua permanência dependem da existência ou não de vegetação.A reposição de parte da mata nativa, especialmente a ciliar, a conservação das matas das cabeceiras dos rios, o fim das lavouras de baixa produtividade e a criação de "ilhas verdes" nas cidades e nas zonas agrícolas podem fazer com que a falta de chuvas deixe de ser uma catástrofe energética e hídrica para a nação e nos permita descortinar as verdadeiras causas (políticas e econômicas) dessas crises.A falta de chuvas não pode ser um "bode expiatório"
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Festa de Nossa Senhora da Boa Morte
Um pouco da cultura de Cachoeira e São Felix a festa cultura de Nossa Senhora da Boa Morte
São Felix
No Recôncavo Baiano a pequena cidade de São Félix tem em seus ares a simplicidade do seu povo e o peso de seu valor histórico. Conhecida como cidade presépio, o lugar tem uma população humilde e acolhedora. Em suas ruas antigas, ainda é possível encontrar casas que datam mais de um século de história e que remetem a lembrança de um Brasil colonial.
Cachoeira da fumaça
A cachoeira possui 340 metros de queda que, a depender do período do ano e da intensidade do volume d água, forma um belíssimo arco-íris.Devido à força do vento e à altura do cânion, a água transforma-se em vapor, daí o nome Cachoeira da fumaça.
A Manicoba
A maniçoba, também conhecida como feijoada paraense, é um dos pratos da culinária brasileira, de origem indígena. O seu preparo é feito com as folhas da maniva/mandioca (Manihot esculenta Crantz) moídas e cozidas, por aproximadamente uma semana (para que se retire da planta o acido cianídrico, que é venenoso), acrescida de carne de porco, carne bovina e outros ingredientes defumados e salgados.
A maniçoba também constitui prato típico do Recôncavo baiano, sobretudo dos municípios de Cachoeira e Santo Amaro, onde também é servida durante eventos comemorativos locais, como festa de São João da Feira do Porto. É vendida na feira livre, em forma de bolos ou em refeições tipo "prato feito". A maniçoba cachoeirana tem que ter bastante pimenta. Além de ser um prato muito apreciado no Recôncavo, a maniçoba tem histórias e lendas contadas principalmente pelas pessoas mais antigas. Dizem que é uma comida perigosa. Quem comer tem que descansar, ter repouso total pois corre risco de morte.
Do tupi Maní: deusa da mandioca, amendoim (maniva). Dos pratos mais apreciados de nossa culinária, o aspecto estranhíssimo - todo aquele folharal verde-negro onde bóiam peças nobres de carne suína e bovina, acondicionado em requintadas terrinhas de porcelana ou, como seria o certo, numa imponente panela de barro - causa impacto no turista, seja brasileiro ou estrangeiro. As pessoas olham desconfiadas. Sua preparação demora cerca de uma semana, pois a folha da maniva (a planta da mandioca), depois de moída, deve ser cozida durante, pelo menos, quatro dias, após o que se acrescenta o charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costelas salgadas de porco, chouriço, lingüiça e paio, praticamente os mesmos ingredientes de uma feijoada completa. Pode ser acompanhado de arroz branco, farinha d'água e pimenta de cheiro a gosto.
Ingredientes
- Maniva moída
- Toucinho
- Carne-seca
- Chouriço
- Paio
- Lombo de porco
- Orelha de porco
- Rabo de porco
- Bucho bovino
- Alho, louro, pimenta-de-cheirosa ou pimenta de cheiro.
O Recôncavo baiano
O recôncavo estar situada em torno da baia de todos-os-santos abrangendo não só o litoral mais também toda a região do interior circundante à Baía. O recôncavo inclui a região metropolitana de salvador onde estar localizada a capital do Estado da Bahia, Salvador. Outras cidades que fazem parte desse cenário são: Amargosa, Conceição do Almeida, Sapeaçu, Castro Alves, Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, Salinas da Margarida, Muniz Ferreira, Nazaré, São Felipe, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira,Muritiba, Cachoeira,São Félix,Maragojipe,São Gonçalo dos Campos, Santo Amaro, Saubara, Conceição do Jacuípe, Terra Nova, Amélia Rodrigues,Teodoro Sampaio, Candeias,Conceição da feira,Simões Filho, Salvador, São Francisco do Conde , São Sebastião do Passé, Camamu, Ituberá, Valença e Varzedo. Uma região muito rica no petróleo, na agricultura estar em destaque à cana-de-açúcar e a mandioca tendo também algumas culturas de frutas tropicais.
A culinária da Bahia mais conhecida embora não a mais consumida é aquela produzida no recôncavo e em todo litoral baiano praticamente composta de pratos originados na África diferenciado pelos temperos mais fortes a base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre e pimenta de varias qualidades e muitos outros não utilizados no restante dos estados brasileiros. Essa culinária não chega a representar 30% do que seus habitantes consomem diariamente. As iguarias dessa vertente africana da culinária estão reservadas,pela tradição a hábitos locais, às sextas-feiras e as comemorações de datas institucionais, religiosas ou familiares. No dia a dia, o baiano alimenta-se dos pratos herdados da vertente portuguesa, englobados no que se costuma chamar de "culinária sertaneja". São receitas que não levam o dendê e demais ingredientes típicos de origem africana, como ensopados, guisados e várias iguarias encontradas também nos outros estados, embora com toques evidentemente regionais (a utilização mais ou menos acentuada de determinados temperos numa dada receita, por exemplo). A predominância, no imaginário do brasileiro e nos meios de comunicação, da culinária "afro-baiana", deve-se muito ao fato de Salvador, a capital da Bahia, situar-se no litoral do Recôncavo, o que confere maior poder de divulgação para o saboroso legado africano da culinária regional.
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